Considerada por público e crítica como a melhor equipa do Mundo e uma das melhores da Europa, o Dínamo da Agrela conquistou seguidores um pouco por todo lado. Basta atentar nas lotação esgotadas em qualquer terreno onde jogasse, como a própria foto documenta. Ao longo de três fantásticas temporadas conseguiu dois títulos de vice-campeão e um não menos honroso 3º lugar. No ano seguinte ao que aqui se testemunha, e por razões que a própria história desconhece, mudou o nome para Poker Alho, conseguindo finalmente o tão ambicionado caneco. Aliás, canecos era coisa que não faltava, mas isso são outras contas…
Da época 1993/94 ficam para a posteridade:
Moretto, o guardião eternamente descontente que gostava era de jogar com os pés e não com as mãos. Com o passar dos anos conseguiu um contrato com o outrora glorioso SLB, não perdendo as características atrás enunciadas.
Mário Jardel, ponta de lança nato, com uma técnica invulgar e pouco ortodoxa, capaz de épocas de desacerto completo alternadas com outras de completo desacerto.
Ricardo Costa, central de grande qualidade, estava sempre onde não era preciso e nunca onde a equipa necessitava dele. Tinha na velocidade a sua principal arma, facto que o levou a optar por uma carreira no Hóquei em Patins, onde conquistou idêntico sucesso.
Isaías, célebre motor do Benfica dos anos 90, não tinha problemas em chutar à baliza, estivesse ele onde estivesse. O problema era mesmo esse: via a baliza no terceiro anel, e não se fazia rogado em tentar visá-la…
Carlos Alberto, o típico brinca na areia brasuca, sempre com um toque de calcanhar para abrilhantar a jogada. Os adversários agradeciam.
Zinedine Zidane, ainda no tempo em que tinha uma leve protecção capilar, que aliás lhe caia para a frente dos olhos e não lhe permitia executar as jogadas que o tornariam famoso. Era também especialista em servir o ponta de lança. Acontece que as assistências eram constantemente para o lado contrário…
Paulo Sousa, o sex symbol da equipa e verdadeiramente o único que sabia jogar. Os treinos de sábado à noite, no entanto, provocaram-lhe crónicas lesões que o fizeram arrumar as botas mais cedo que o desejável. Dedica-se agora a uma escola de futebol que criou dentro da própria casa.
De realçar o elemento ausente na foto, de seu nome Zé Manuel, supostamente atrasado por causa de uma troca de chuteiras. Extremo de grande técnica individual, desequilibrava o oponente com a célebre finta de nome “engracei contigo”. Consta-se que foi um esforço de última hora para calibrar a finta o verdadeiro motivo do atraso… Ainda hoje continua a tentar aperfeiçoá-la, sem sucesso conhecido.
No ano seguinte a equipa seria reforçada com o internacional colombiano René Huiguita, guardião cujo patriotismo exacerbado o levava a consumir com orgulho os produtos tradicionais do seu país, o que lhe provocava uns devaneios tais que o levaram a imitar o penteado do colega Valderrama. Aí sim, seriam campeões. Misteriosamente o controlo anti-doping não funcionou no dia dessa final…